VILA FLOR SC 10-6 FUTSAL MIRANDELA (após prolongamento)

.........................................................

Taça AFB
Meias-finais / 2ª Mão
Pavilhão Municipal de Vila Flor
Ao intervalo: 1-1
Jogaram: Veiga; Vítor, Pica, Pinheiro e Estrela - Hermínio, Pires, André e Snisga
Não utilizados: Toni, David Peixoto e João Paulo Silva
Treinador: António Vitorino
Golos: Vítor, Pires(6), Pica(2) e Estrela


A missão era difícil, mas como já tínhams dito, não impossível! ESTAMOS NA FINAL! É a quarta em cinco anos! PARABÉNS equipa!

Só por sombras podemos dizer que o jogo foi equilibrado ou que parecia uma final. A eliminatória sim, mas porque perdemos 7-4 em Mirandela. Neste jogo fomos sempre bastante superiores e, se chegasse ganhar por um, a meio da segunda parte já tínhamos o triunfo assegurado. Mas como e a preciso ganhar por quatro custou bastante mais. Mas até podia ter sido mais fácil.

A primeira parte não foi o melhor exemplo do nosso futsal. Tivemos sempre mais bola, mais domínio e melhores lances, mas a pressa foi inimiga da perfeição e acabámos por dificultar situações que aparentavam ser simples. Rematamos imenso - o Vítor que o diga - mas com pouca direção. E o Mirandela, sempre atento, jogava tudo no contra-ataque. Com três lances muito bem gizados marca um golo e falha dois na cara do nosso guarda-redes, Veiga, em noite inspirada na missão difícil de substituir o Julinho. A nossa resposta foi pronta, num roubo de bola do Vítor que o mesmo concluiu de pé direito depois de driblar o guarda-redes. Ao intervalo já merecíamos mais, mas o empate deixava tudo ainda muito complicado.

No regresso, constatamos que o Cavalo, do Futsal Mirandela, não jogaria mais por lesão. Do lamento pela infelicidade à satisfação por ser menos um problema, rapidamente os primeiros minutos mostraram um Vila Flor muito mais assertivo e objetivo, muito mais pujante e a massacrar. Por isso o 2-1 (Pires) não surpreendeu. O 2-2 sim. Mas como a crença e o domínio, nessa altura, já eram imensos, seguiram-se três golos, todos do Pires, para um 5-2 que já igualava a eliminatória. O 6-2, mérito do Pica, passava-nos para a frente, mas esse relaxe fez o jogo cair numa de toada e resposta, partido porque o Futsal Mirandela também teve de avançar e permitiu um futsal mais largo. Sofremos dois golos, marcamos mais um. E no final a improvável repetição do resultado da primeira mão: 7-4 e siga para prolongamento. Nessa fase, o mesmo Pires já tinha desperdiçado dois livres de 10 metros. O Mirandela apenas um.

Com as duas equipas carregadas de faltas, os livres de 10 metros foram suficientes para recolocar o Mirandela a vencer a eliminatória. Zé Luís marcou dois no prolongamento (já depois de dois grandes golos de calcanhar). Como nós marcámos um (Pires novamente), ficou 8-6 à entrada dos últimos dois minutos. Aparentemente estava tudo perdido para nós, mas na jogada seguinte ao sexto golo do Mirandela, cruzamento do Pinheiro e golo de cabeça do Pica. Parecia futebol. Mas não era. Depois, a 48'' do fim, falta sobre Hermínio e o terceiro livre para o Pires. À terceira foi mesmo de vez e o 10-6 já não mudou. Sofremos no fim, mas defendemos exemplarmente e celebrámos o apuramento num pavilhão que desta vez se compôs bem para nos aplaudir e ajudar a festejar. Ao público devemos muito deste apuramento. Os Ultras foram sensacionais e todos juntos embalaram-nos e empurraram-nos até à final. É a quarta dos últimos cinco anos e o clube não existou no ano que falhou.